quinta-feira, dezembro 08, 2005

Mal acostumado

Continua a saga do senhor Ronaldo. Depois de lhe ter morrido o pai, de o terem acusado de violação, depois ter sido assobiado pelos benfiquistas ao ser substituído, nada como destacar o dedo médio de uma das mãos para o público.

Moral da história: Valham-lhe todas as marcas caras que usa, os óculos de sol, o aparelho nos dentes, e tudo o mais. De ser um tipo com maus hábitos, ninguém o livra.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

O candidato

Orgasmo Carlos, Lello Minsk, Manuel João Vieira. A escolha é sua. Um candidato que vale por muitos.

terça-feira, novembro 29, 2005

Slogans interessantes para a próxima campanha de angariação de fundos para os atletas paralímpicos

Cegos

Até faço isto sem ver!

Amputados

Variante 1.
Olha mãe, sem mãos.

Variante 2
Olha mãe, sem pés.

etc e tal..

Surdos

Can't touch this, ah?

Problemas mentais

Nem penses que me vais ganhar, tás tolo?


Glória ao atletas que nos dão medalhas, Paralympics Forever!

sexta-feira, novembro 25, 2005

Plano Tecnológico

Um bit para cada português!

quarta-feira, novembro 23, 2005

Processo de Bolonha, segundo Dan Brown

Terá sido um processo movido contra D. Afonso III pela Grande Loja Regular da Maçonaria Portuguesa. Revestido de episódios fantásticos, como o apanhar do sabonete delicado e o ataque do marrequinho de Algés aos aposentos de el-Rei, Dan Brown dedica esta obra ao rei que ficou conhecido como "O Bolonhês".

quarta-feira, novembro 09, 2005

Diz o avô: Leonor não vás descalcinha que te constipas

Agora que as cortes espanholas têm um dilema legislativo a aproximar-se por causa de uma recém-nascida, convidamos os nossos leitores a uma reinterpretação dum clássico camoniano:

Descalça vai para a fonte

Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.

Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.

Luís de Camões

quarta-feira, novembro 02, 2005

O dia de todas as realizações em silogismo perfeitamente válido

Se

Ontem foi dia de todos os santos,

e

São Nunca é santo,

logo

Ontem foi dia de São Nunca.

E a tarde de ontem foi especialmente rica em acontecimentos improváveis.

quarta-feira, outubro 26, 2005

O que é, o que é?

Messianismo revanchista

Soares, falando sobre o que a direita quer do próximo Presidente.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Os génios também são suspeitos de fazer asneiras

Cristiano Ronaldo é suspeito de violação. Vamos ver se a Caras publica algum quadradinho de canto de página sobre o assunto. A caca moral cabe sempre dentro de fúteis malas, nem que sejam Louis Vuitton.

A terrível maldição dos passarinhos

Na próxima Primavera, ninguém vai achar piada às andorinhas que chegam de África, nem aos paninhos que se punham para os cucos (bicho oportunista, mas inteligente) e as arrozadas de frango, nem que ele seja caseirinho, passarão a ser menos frequentes.

O lema é: Foge do passarinho que atrás da orelha quer fazer-te o ninho.

A oportunidade para Toy

O novo treinador do Sporting terá características semelhantes às de José Peseiro.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Real história de amor

Real apresentadora de telejornal, real príncipe, real encontro, real beijo, real casamento, real boda, real emagrecimento, real acto sexual, real fecundação, real gravidez, real aleitamento.

Tudo igual aos outros, mas real.

Letizia e Filipe forever.

segunda-feira, outubro 10, 2005

O condenado

Avelino Ferreira Torres não foi eleito.
"Mayor" de Alcatraz em vez de Amarante.
Ainda há vergonha.

Recebemos uma quadra alusiva ao tema, vinda do senhor José António Pires Valério, do Marco de Canaveses.

S. Gonçalo de Amarante, que nasceste num monte alto
Por graça tu não permites, que qualquer um dê o salto
Do Marco para Amarante, por motivos que eu sei lá!
És bom são Gonçalinho, dá-nos milagres para cá.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Auto-epitáfio para Vasco Pulido Valente (Modinha para um morto chato)

Não acredito que morri,
Porque céptico, sempre fui,
Morri, (claro!) porque outros quiseram
Sem dizer nem ai, nem ui.

Celebração dos 500 anos da obra-prima de Cervantes em linguagem sms com erros

Dão Ki-shot e São Xupansa

segunda-feira, outubro 03, 2005

Pedagogia da cruz

É uma grande novidade. Há candidatos autárquicos que aconselham colocar a cruz junto aos dois pauzinhos, não junto à setinha nem ao punho cerrado, nem no girassol, etc e tal.
A questão é determinante. O povo está habituado a fazer sempre o mesmo e os senhores que mudam de quadradinho podem perder uma série de amigos por factores circunstanciais.
A Dona Engrácia, natural de Oeiras, gosta do seu amigo Tininho mas ainda não sabe bem onde pôr a cruz.

Ensinai, senhores!

quarta-feira, setembro 28, 2005

Consequências de Abu-Ghraib

Lynndie England

Três anos bastam para redimir um crime que mostra que a guerra não tem ética, não tem códigos nem pudor. A guerra é vergonhosa, um nojo estampado na cara de uma soldado que não vê o seu patriotismo ofendido.

Nesta tasca, a pátria é a humanidade. Todos repudiamos este acto ascoroso, que não se esquece entre minis e tremoços, nem nos largos anos que nos distanciarão deste episódio.

Hi a vida

Hi1.
Hi2.
Hi3.
Hi4.
Hi5.
Hi o caraças.

Beba Frize, que assim faz mais sentido.

Domésticas badalhocas e desesperadas

São como têm que ser, mas podiam ser melhorzinhas. Mais progressistas, menos estereotipadas. Os diálogos e a trama, menos conspirativos e conspurcativos. Um tipo não tem que gostar daquilo que os "mericanos" gostam. Há lá umas jeitosas, um bocado mais adultas que a Ana Luísa e a Soraia. O Alves gosta bastante daquela com cara de "Conchita de la Cruz".

Dear housewives, I want to desperate with you.

quarta-feira, setembro 21, 2005

A nobre arte da política

"Ai não cumprimenta? Grande ordinário!"

Carmona Rodrigues, após constatar a recusa do seu cumprimento a Manuel Maria Carrilho, num debate autárquico de Lisboa

Declaração do povo de Felgueiras a Fátima Felgueiras no dia do regresso

Meus amigos, meus irmãos, e vós todos que guardais ainda meus últimos cantos
Dai morte cruel à mulher morena!

Vinicius de Moraes, A Volta da Mulher Morena

Felgueiras wanted her. She's back. Vítima, morenaça, triângulo marcado em volta dos mamilos, triângulo na pele por cima do sacro. Chegou, com seu penteado Jimi Hendrix, nem disse olá e prenderam-na. Bandidos. Ela que nem trazia um saco azul no bolso. Emigrante, qual Carmen Miranda, mas de Felgueiras, não do Marco, chegaria melhor com fruta na cabeça, do que com um mandado de captura em frente dos olhos. Soltarão o rifão de morte, quererão queimar seu fel e seu mel... Senhora, será nossa mãe, nossa guia, nossa advogada de horas difíceis. E seu terno abraço será o melhor, nos dias raros em que o mundo é corrompido pelos homens.

terça-feira, setembro 20, 2005

O poeta presidente

Se a poesia governasse o país,
Se os poetas subissem ao poder,
Andaria o povo mais feliz
Mesmo vendo Portugal morrer.

terça-feira, setembro 13, 2005

Epitáfio

Dencansem em paz os polícias de New Orleans que cometeram suicídio por se sentirem incapazes de cumprir o seu dever profissional.

sábado, setembro 10, 2005

Passos femininos

Conselhos para uma mulher que queira dar o primeiro passo

1) Pensar seriamente se o quer fazer de saltos altos

2) Verificar a dentição do macho-alvo

3) Vestir um fio dental que se veja suficientemente bem, porque ajuda.

4) Arranjar os pés

5) Pensar na possibilidade de haver algo que se atravesse no seu caminho na altura de concretizar a intenção

6) Ouvir quinze vezes " Amanha de manhã " , versão Amarguinhas, para não ficar maçada se tudo der para o torto

Último e mais importante de todos os conselhos: estar plenamente convencida que pelo facto de ser ela a tomar conta do negócio amoroso, é uma mulher dos dias de hoje. Mandonas, desinibidas, simpáticas e faladoras sempre existiram. Afinal é iniciativa; nós estávamos enganados por julgarmos que era feitio.

Podiam ser enjoos

Uma mulher grávida é um poço de surpresas, já sabemos. Uma mulher grávida com a mania que é especial, não é um poço de surpresas, é um poço de comédia assaz hilariante.

Ora, há dias vieram duas senhoras aqui à tasca. Uma delas, grávida de 6, 7, ou 8 meses, abarbatou por completo uma caixa de torrões de amendoim, vulgar "nougat" ou seu sucedâneo. Não importou o preço. Até aqui tudo normal.

Interessante foi perceber que a bebé tinha tendências karatecas. Cinturão pré-dodot. Não eram os vulgares pontapés na barriga que levam os pais a afirmar com toda a propriedade que "o meu pilas vai dar craque". Dantes é que era, ficava tudo em grande suspense até ao fim, fosse menino ou menina levava com a cor que calhasse no papel de parede do quarto novo. Pois, mas a nossa pré-dodot biqueirava valentemente o ventre materno. O insólito era que sempre que o pai chegava, tinha para com a mãe palavras de carinho, "festinhas e miminhos na barriga", que acalmavam a criança. Espectáculo. O pai podia ter perpetrado a maior traição matrimonial dos tempos recentes, mas aquele gesto, aquela voz que a menina reconhecia (compatibilidade com sistema bluetooth, ou placas de wireless) era a do pai, aquilo era esotérico.

É evidente. Um tipo habitua-se a uma situação. O homem chega, fala e a mãe sossega. Se eu fosse bebé e a minha mãe parasse o esfalfanço diário também sossegava, não sei é se isso tinha alguma coisa a ver com o meu pai nem com alguém que fala e faz festinhas. E se fosse o Piruças a ladrar? Um dia destes há-de reconhecer o cão, a avó, quem sabe, o pássaro do vizinho.

Se uma grávida fosse só enjoos, as coisas eram muito menos interessantes.

Ti Maria da Peida 2

Ela actuou, mas não fez grande furor. Pelo menos, ninguém falou disso no dia seguinte.

sábado, agosto 20, 2005

Ti Maria da Peida 1

É alguém que assim se anuncia, quiçá uma self-made woman, à moda de Paulo Furtado, The Legendary Tiger Man.

Parece ter parentesco com alguém como Zé do Peido, é da família dos Peidolas e natural da povoação de Mijaquijá.

Será da chuva? Será da gente? A senhora faz actuações e é possível que os frequentadores deste estabelecimento procurem vê-la e se for preciso, pagarão para tal. Pelo menos, dará assunto para uma conversa de dia seguinte.

segunda-feira, agosto 15, 2005

Manda-me uma lei por SMS para proteger a vida humana por nascer

(Excerto de uma entrevista de Ribeiro e Castro, presidente do CDS-PP ao DN de 13-8-2005)
(...)
Já a questão da criminalização das mulheres que pratiquem aborto não é consensual dentro do partido.
Isso é um jogo de palavras, entre despenalização, discriminalização e liberalização. E é necessário ter sempre presente aquilo que está em causa. Nós somos contra a liberalização do aborto. Que a questão seja tratada com humanidade e respeito, com certeza.
É a favor da lei tal qual ela está?
Sou a favor da defesa do direito à vida.
Com a criminalização de quem pratique o aborto ou não?
Sim... Existe uma tutela na lei penal de um valor fundamental que é a vida humana. Que tem uma protecção que me parece adequada e que a justiça portuguesa, aliás, tem procurado aplicar com humanidade e equilíbrio.
A actual lei pode conduzir a penas de prisão...
Sim. Mas tem que ser com humanidade.
Quando diz "com humanidade" quer dizer o quê? Que a criminalização deve estar na lei, mas que os juízes não devem aplicá-la?De facto, até agora, não houve condenações...
Isso é um sinal do equilíbrio com que a lei é aplicada. Agora, a existência dessa lei emite uma mensagem correcta da protecção da vida humana por nascer. É isso que se trata de salvaguardar.

domingo, agosto 07, 2005

O meu coração é avéque.

Pela nação que apropriou os galicismos
Pelo dinheiro que milhares de portugueses ganharam a lavar escadas, escritórios e centros comerciais
Pelas loucas donzelas de segunda geração que já não sabem falar português mas continuam a perceber o valor do produto masculino nacional
Pelo Michel que não foi à beira da mãe (mas em francês) e por isso é insultado
Pelas matrículas amarelas que povoam as nossas estradas

Je t'aime, oh France.

sexta-feira, julho 29, 2005

Sugestões para o fim de Soraia nos Morangos

  1. Morre envenenada com cicuta, como Sócrates
  2. Morre só numa ilha, como Napoleão Bonaparte
  3. Morre por queda do Aqueduto das Águas Livres, como as amigas de Diogo Alves
  4. Morre debaixo de um comboio, como muita gente morre
  5. Morre empalada, ui.
  6. Morre envenenada como Rasputine, ou seja, não morre.

Viva a Soraia.

Senhor Almunia por favor...

Tire o pé do gravador. Já sabemos que é espanhol. Até fala para nós via-satélite porque a RTP gostou de o mostrar num programa sobre o défice como a TVI mostra a Soraia nos Morangos. Pronto, agora diga que isto é um descontrolo dos diabos e que o ministro Campos e Cunha é que tem razão. Mais um comissário de uma Comissão Europeia de hipocrisia, a não-intromissão da CE na política interna dos estados membros.Apre.

Requentado

Soares é fixe.

segunda-feira, julho 25, 2005

Fiel ou infiel - parte I

Imagine um programa de televisão. Imagine uns poucos de partidos políticos. Imagine Portugal, imagine dinheiro, imagine mulheres voluptuosas, imagine Paulo Portas e Santana Lopes a fazer table dance, imagine futebol e imagine o circo com os leões e os palhaços, um processo revolucionário em curso, pronto coisas dessas, não é?

Agora perfile Soares, Alegre, Freitas, Cavaco, Marcelo, pode tentar pôr o Mourinho também, que o povo quer. Dom Duarte não porque vê-se bem que não gosta de circo.

Contrate-se João Kleber. Isto é o fiel ou infiel. Conceptual e presidencial.

Proibições à britânica

Os atentados de Londres são absolutamente condenáveis.
Naquelas ilhas, porém, surgem ideias fantásticas como a de proibir o "incitamento a actos terroristas", medida particularmente dirigida aos líderes religiosos islâmicos que porventura estimulem à "jihad".
E se fosse em Portugal, ou mesmo aqui na nossa tasca? Fizemos uma selecção de expressões que podiam ser entendidas como incitamentos desse género...

"Levas um murro que t'arrebento todo" - Lopes para Cruz depois de perceber que a manilha de espadas tinha passado por baixo da mesa para Alves
"F..-se! Mandaste aí uma bomba mal-cheirosa..." - Velho Jaleca para João Fífias depois deste libertar alguma flatulência
"Ah! E eu disse-lhes: mãos ao ar! Saquei da fusca e pum pum!" - Joãozinho Mãos Leves para Neca Penhorista sobre o último assalto efectuado na bomba de gasolina do bairro
"Ei meu... Que granada de cervejola..." - comentário impessoal alusivo ao gás carbónico libertado no flato pela ingestão de lúpulo de trigo fermentado.
"Sabes o que foi? Senti-me atentado por aquelas mamas" - comentário de António Meninas sobre a sua última aquisição para a casa de banhos quentes, frios e mornos de que é proprietário.

segunda-feira, julho 18, 2005

The diference

António Vitorino, um douto sábio dos assuntos europeus e afins nos seus comentários semanais com a marca fortíssima do seu sorriso, diz que o terrorismo não serve para resolver questões políticas. Acabar com a ditadura de Saddam com bombas ou impor embargos a Cuba não é terrorismo, é certo, mas deve ser parecido. Ou então não estamos a discutir política, como não devem estar todos os que acham inadmissível que se ponham bombas no metro ou em comboios ou se espatifem aviões contra torres enquanto se sucedem as mortes pela lei e a ordem em prol da paz universal.

quinta-feira, junho 23, 2005

Banda Sonora Original para a campanha de Carrilho

Aqui fica um modesto contributo do Dj Kopo d'Água, nosso animador das noites de S. João (nós que celebramos todos os santos populares):

Barbara Ann - Beach Boys
Aquela música com um refrão... "Chamo-me Dinis e sou Rei dos Botões..."
Claudisabel - Preciso de um herói
Jorge Palma - Cara de anjo mau
Joselito de las Coivez - Quiero ser como tu, Santanita (não confundir com sanitita).
Speed OST - Mr Bus driver this is my stop (ao que o condutor responde: Páras é o c... meu f.. d.. p... tás f... que vais aguentar até me darem o que eu quero)

Uma ideia boa era mudar o nome da empresa de transportes públicos de Lisboa. Carris está out. Carrilhos, bem melhor.

domingo, junho 19, 2005

A glória suprema das corridas de carros

O Tiago Monteiro subiu ao pódio no Grande Prémio dos Estados Unidos. Os nossos clientes mais avisados advertiram para a perigosidade da situação: "Olha, olha, o rapaz não está habituado, ainda tropeça, bate de boca na beirinha do palanque e fica falheiro dos incisivos dianteiros!"

Ainda bem que não aconteceu, uuufa!

Boa Tiago, para o ano patrocinamos-te com uma mini e um pires de tremoços no fim de cada Grande Prémio.

quinta-feira, junho 16, 2005

O fim da luta

Sete da tarde, entrou-nos um senhor de cravo na mão a dizer que as lutas estavam todas a acabar, os últimos revolucionários de Abril tinha morrido todos, isto está pelas ruas da amargura, sabe como é meu amigo, estamos na pior situação de sempre, mas a luta continua.

A rapaziada nova levantou-se e mostrou a evolução: "Ouça, a luta não continua. A luta é contínua!"

O que queres ser quando fores grande?

Há crianças que têm visão de futuro. Quando lhes perguntam o que querem ser quando forem grandes respondem sem hesitação: "Quero ser reformado, porque posso acumular subvenções vitalícias, reformas, pensões, subsíduos e dinheiros afins que me garantem o futuro, mesmo que trabalhe".

segunda-feira, maio 30, 2005

O Trolha de Portugal

A manhã é a altura mais sossegada aqui no nosso estabelecimento. Olha-se a televisão, entre febras, tripas, pica-paus e moelas por cozinhar.
Você na TV é um desses programas matutinos que agridem as íris dos mais incautos telespectadores. É Manuel Luís Goucha o festeiro-mor de tudo aquilo. A mais recente rubrica é "O Trolha de Portugal", com tudo quanto é Zé, Manel, e Miquelino a apresentar-se de colher e talocha a enviar piropos ás portuguesas de Portugal, da Europa e quiçá do Mundo. Particularmente interessante é aquela parte em que um deles, possivelmente o Rica de Montemor ou o João António de Vila Real decide dizer que oscula com aspiração integrada os dispositivos insufláveis para segurança automóvel das respeitáveis senhoras que assistem ao programa.
Hás-de ganhar muito. As velhinhas querem dar-te beijinhos no bigode. Hás-de ser o Trolha. Pois Trolha, Trolha de Portugal.

terça-feira, maio 24, 2005

Mau ganhar

Domingo à noite, aqui na nossa tasca, entraram quatro ou cinco tipos vestidos de vermelho que decidiram espatifar tudo. Os mesmos que disseram que esta merda era toda deles, e que determinadas pessoas afectas aos clubes adversários deveriam ir para um qualquer órgão sexual masculino.
É possível ganhar sem agredir, é possível festejar sem partir tudo porque se está ébrio.

Glória aos campeões civilizados.

quinta-feira, maio 19, 2005

Relatório Zezinho

Olá! Eu sou o Zezinho e o meu pai diz que o mal deste país é que ninguém quer trabalhar e só quer mandriar. O meu pai diz que se os malandros dos deputados não ganhassem tanto como ganham, este país não estava como está e que as pessoas viviam melhor. Dantes, há muito tempo, comprava-se um pão a dois e quinhentos, mas agora é mais caro, a culpa é do Euro. Eu também sou do tempo em que um Epá, que é um gelado de leite e não é de água e por isso não faz mal à saúde e é melhor para as crianças custava só oitenta cêntimos e agora é uma roubalheira, não se admite, a chicla é muito mais pequena e basta de nos atacarem a qualidade de vida. Se eu mandasse, o PIB subia e o Déficit Orçamental baixava e os impostos também, porque isso foi o que o meu pai que ensinou, porque eu não sei bem o que é o PIB, mas sei que se subir é melhor para toda a gente. Também não faz mal, porque o meu pai disse que um senhor importante um dia disse que isso do PIB era... três vezes nove, e o do ano passado... é só fazer as contas.

Eu bem queria chupa-chupas, mas o meu pai disse que neste país, enquanto não tivermos um imposto sobre a coçagem de micoses, nem a saúde pública nem as contas do Estado endireitam.

sexta-feira, maio 13, 2005

Consagração da Numerologia a D. Serafim Ferreira no 13 de Maio

Tivemos hoje a visita do Reverendíssimo D. Serafim Ferreira. Ao entrar, vendo o calendário Pirelli com a imagem da Senhora de Fátima ao lado, não hesitou: "Entro em lugar sagrado, não me farei rogado, uma água com gás se faz favor, tenho aqui no estômago uma dor".

Iniciou depois a sua divina contagem. Olhou para o relógio e eram 17:32. Treze somados. Somou o número de bolos na vitrine com o número de cervejas vazias ao balcão. 8+5=13. Perguntou "Têm tremoços?". Respondemos "Claro, reverência temos lote 2, lote 5 e lote 6, não temos dos lotes 1, 3 nem 9. Duas vezes treze, impecável. Os serafins do céu rejubilavam de alegria. Bebou a sua água, comeu o seu tremoço, arrotou uma vez, tossiu quatro por causa da atrapalhação no gasganete provocada pela casca da leguminosa, deu sete pancadinhas no chão com o pé, e antes de proceder ao pagamento da despesa efectuada, libertou com sonoro trovão um monumental gás acumulado nas suas tripas. Vá lá, não cheirava. Outra vez treze, para quem não reparou. "Quanto é se faz favor?" "Dois euros e meio reverência, moeda antiga, quinhentos paus". "Faça favor, pague-se desta nota de dez euros, mas espere aí que tenho aqui mais três se não se importa, e já agora, dê-me treze cêntimos de troco que o resto é gorjeta pela simpatia". "Sim senhor, cá estão" Saiu, deu graças, subiu cinco degraus com cinco passos, deu mais oito acelerados e ao nono pisou uma libertada acumulação de fezes caninas no lajedo do passeio. Valente queda, claro está, treze galos na cabeça porque fez questão de bater com a cabeça no chão mais doze.

Para um homem que tem um estilo de vida verdadeiramente alternativo, treze palavras: Os números consagrados a Serafim... oh pá deixa-te disso e come mais pudim.

quinta-feira, maio 12, 2005

Volta, estás perdoado

O Ivo veio cá com o Cândido, habitual frequentador desta tasca. Cândido, compulsivo desafiador das autoridades do Estado Novo consumia com frequência Coca-colas à socapa no espaço interior propriedade da firma Silva, Carvalho, Lopes e Irmãos (pela primeira vez, registe-se, temos um nome atribuído à sociedade proprietária da nossa tasca).
Detido pela Polícia Política por consumo de bebidas ilegais em estabelecimento público, Ivo limita-se a seguir os passos gloriosos do seu pai. Provocador, foi fumar umas ganzas para o Dubai. Fez bem. No país dele, que é Portugal pode ter-se 2 g de ganza no bolso e o consumo dela é ... tolerado. O pai até podia desafiar a autoridade, o Ivo pensava que estava em casa.

'Tá tudo bem.

quarta-feira, maio 11, 2005

Os amigos são para as ocasiões

Esopo e La Fontaine efabulavam sobre animais, em relatos cheios de conteúdo moralizador. Sem querermos atrever-nos a rivalizar com estes dinossauros do animismo, reproduzimos aqui esta história encontrada entre dejectos de rola, na última limpeza dos algerozes do edifício que nos serve de sede.

"Era uma vez um país chamado Portugal, habitado por criaturas tão diversas como a raposa, o lobo, o bode e o pavão. Um homem, indivíduo de uma espécie bem adaptada, que dominou o país desde que este nasceu e mesmo antes disso, era pigmeu. Era pigmeu e ninguém falava dele. Ninguém falava dele e resolveu recorrer aos animais para começarem a falar dele. Dizia ele: Sou pigmeu/sou pequenino/faço o que me apetece/oh pa vais ver se eu não domino. Então chamou o pavão, a raposa, o bode e o pavão a irem falar com ele. Quer dizer, ele antes convidou a raposa para ser amiga dele. Então, agora sim, chamou o pavão. Ao pavão disse-lhe: olha, tu tens penas grandes, és bonito e as pavoas gostam de ti, mas eu não gosto de animais como tu, mostram as penas, mas só sabem fazer isso, e voar não é contigo. Por isso, não te deixo subir mais aos telhados. Já tiveste oportunidades a mais. Depois, chamou o bode e disse-lhe: tu tens pêra, gostas de cabras, ainda por cima, tens o sustento nas montanhas, mas eu não gosto de ti, nem que digas que o sustento que tens nas montanhas é de um sobrinho teu. Depois, chamou o lobo e disse: quiseste comer o Pedro da história, meu sujo. Quiseste dar um bocadinho ao teu filho, ah? Basta. Depois, chamou a raposa e deixou-a comer as uvas..."

terça-feira, maio 10, 2005

Zé e as pitas

O Zé entrou na tasca, com um grande sorriso e rubor no seio facial esquerdo.

Acabava de apalpar veementemente uma pita lisbonense.

Ela passava, rabo pululante de juventude, chamativo pelo atilho que trazia nos bolsos de trás. O Zé lançou da manápula, fê-la subir e com a leveza própria de um prestador de serviços da construção civil, tocou com decisão os glúteos da jovem. Seguidamente, contraiu ligeiramente os músculos do braço, principais responsáveis pelo movimento dos ossos e articulações da mão provocando uma sensação ambígua, roçando o prazer e o desgosto da juvenil fêmea. Ela riu-se, virou-se para trás e enfiou-lhe um monumental tabefe. Mas o Zé recebe-o com um sorriso, aliás, com gosto, aliás, com prazer.

Não conseguimos viver sem elas. Pita, você é mais que mulher objecto. Você é icone civilizacional.

quinta-feira, maio 05, 2005

A medalha do Paulinho

O Paulinho recebeu uma medalha por mandar tropinhas de plástico da GNR para o Iraque. Também, as primeiras brincadeiras para esta guerra a brincar foram na casa do menino Paulinho, nos Açores.

O Paulinho sabe brincar. Yo.

Ele já não brinca mais, mas é pena que sejam sempre os mesmos a perder.

quarta-feira, maio 04, 2005

A nossa ameaça para a China

Primeiro, foi o papel e toda a gente começou a escrever nas folhas que eles inventaram.
Depois a pólvora, que eles também inventaram.
A massa, a porcelana, a sopa de ninho de andorinha.
Agora são as t-shirts, os pijamas, a roupa de menino e de menina.
Os carros.

Temos que acreditar. Em vez de exportar produtos, temos que exportar formas de viver e algumas pessoas para a China. O laxismo, a melancolia, o stress por tudo e por nada, o excesso de velocidade nas estradas, o pessismo, a malcriadez, a inveja, o João Pinto a dar murros ao árbitro quando estamos a perder, o Major Valentim Loureiro e o José Castelo Branco, o Vasco Pulido Valente, o Santana Lopes e o Francisco Sarsfield Cabral, o Ferro Rodrigues, a "Associação de Amigos das Corridas Nocturnas de Veículos Automóveis na Ponte Vasco da Gama".

Já chega de lhes querer tanto mal. Viva a China.

Ah. Mandem também o Rui Santos para fazer comentários da bola.

quarta-feira, abril 20, 2005

A Sinfonia do Benfica

O Benfica tem uma Sinfonia escrita pelo Maestro António Vitorino d'Almeida.

O primeiro andamento é um revivalismo rapsódico em seis por oito das marchinhas Ser Benfiquista, Força Benfica A Vitória será Tua e Na minha cama com ela, numa referência ofensiva e clara à forma despudorada como Carolina Salgado atacou o Presidente Vieira. Força maestro

O segundo andamento busca raízes em Moçambique, refere o puto-melancia que passou a ser do Benfica mas que vinha para ser lagarto. Aqui há uma ligação mística: o número de staccatos é o mesmo dos golos que Eusébio marcou no Campeonato Nacional da I Divisão.

O terceiro andamento conta com a participação de Tó Mané Ribeiro, vocalista dos UHF que saca riffs da "Sou Benfica" apoiado no bico da águia. Após isso, salta do bico, atinge o solo em velocidade controlada pela sua vasta cabeleira encaracolada. A este andamento, o maestro deu o nome de "Il chiarechia delle tranze loiri". Tó Mané acaba com "Deixem jogar o Mantorras", uma versão remasterizada de "Cavalo de Corrida".

O maestro já foi convidado a ser apedrejado por adeptos dos Super Dragões na entrada para a mais irreverente produção da recém-inaugurada Casa da Música para piano, voz e matraquilhos.

quinta-feira, abril 14, 2005

Para ver como elas doem

Luís Delgado a embaixador português no Iraque.

É merecido.

terça-feira, abril 12, 2005

O puro e verdadeiro amor

"Márcia, eu amo voçê"

Dixit.

sexta-feira, abril 08, 2005

A matemática do Chinês

Não podemos negar a realidade. As lojas de comerciantes chineses inundaram as nossas ruas, avenidas, praças, largos, alamedas. Um dia destes serão mais que as rotundas.

Porém, há quem se indague: como podem ser tantas?

Nuno Crato, o matemático famoso por conseguir relacionar o integral duplo da função de crescimento dos Lacto casei imunitas com o número de vezes que o consumidor habitual deste produto Danone defeca por dia já se apressou a afirmar:" Asseguro-vos que é possível estimar uma proporcionalidade entre o número de overdoses por cogumelos alucinogénios do Sul da Manchúria e o número médio de lojas em cada concelho do território continental português!".

Absolutamente matemático.

quinta-feira, março 31, 2005

Bomba de Aspegic

Atenção crianças.

Deixem de rebentar bombas de cal na porta dos parvalhões que não vos deixam jogar à bola.
Com a venda livre do Aspegic, da Aspirina C e afins, poderão fazer bombas de Ácido Acetilsalicílico, que rebenta mais devagar e sempre dá tempo a alguém de levar a bomba para longe.

Atenção velhinhas.

Deixem de ir ao médico comprar os medicamentos que a vizinha do 4º direito aconselha para as artroses. Agora, poderão fazer um coquetel saboroso de vitaminas, aminoácidos essenciais e porcarias hormonais, coisas que as ervanárias e ginásios vendem e que são boas para as artroses. Pelo menos, não consta que as bestas que ingerem Muscle Max GTX3 tenham artroses.

Atenção mamãs.

Deixem de dar antibióticos a mais aos vossos filhos. Se alguém vos vende penicilina para curar constipações quando a criança está fechada em casa, atafulhada de cobertores no meio dos vírus, porque será necessário dar-lhes... nada... e deixá-los correr como cavalos a ver se expulsam as porcarias que têm no corpo?


Senhoras e Senhores.

Cuidado. A venda livre de medicamentos é perigosa e pode implicar a negação da afirmação das farmácias como negócios de sucesso. Vá lá. Sempre aumenta o negócio dos funerários e das gasolineiras, que transportam os mortos por medicamentos de venda livre. Farmácias, Bombas de Gasolina e Funerárias, 3 negócios de sucesso.

quarta-feira, março 02, 2005

Descubram as diferenças

Fazer as diferenças do jornal é tão entediante como ver alguns programas da televisão portuguesa, aqui nesta tasca onde todos têm lugar.

Descubra as diferenças:

Quadratura do Círculo (SICN)/Liga dos Últimos (RTPN)
Opinião Pública (SICN)/Curto Circuito (SICRadical)

Boa.

terça-feira, março 01, 2005

Questão de nível

Lemos a primeira página do Notícias do Fundão, gentilmente enviada pelo senhor Gumercindo Anacleto.

O título em manchete era: " Sócrates anuncia um governo com quadros de alto nível ".

Percebemos agora porque é que Vitorino não integra este governo.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

A última conversa entre Lúcia e Karol

Karol: Então Lúcia, tens andado bem? Tenho andado doente...

Lúcia: Pois pois, eu também.

Mínimo múltiplo comum

Algumas questões-base desta campanha eleitoral:

Droga - todas as juventudes partidárias as consomem, umas com mais vergonha, outras com menos. A legalização é uma treta. Quem pode pagar, compra da boa.

Sexo - questão que está por trás dos casamentos homossexuais, do aborto, da legalização da prostituição. No fundo, cada um quer fazer o que bem lhe apetece e obrigar os outros a materializar as suas fantasias mais primárias.

Impostos - O fulcro da alavanca para as drogas e para o sexo. Quem paga menos impostos faz mais sexo e consome mais drogas.

segunda-feira, janeiro 24, 2005

Arroz de coelho da madrugada

Receita enviada pelo senhor Jesuvino Pereira e Silva, natural de Praias do Ribatejo.

Ingredientes:
Arroz
Coelho
Madrugada q.b.

Grau de dificuldade: Depende do coelho e do sítio onde for colher o arroz. Se for mesmo de madrugada, certifique-se que não vai morrer num arrozal ou violado por uma chusma de machos de angorá numa coelheira perto de si. Em alternativa, pode ir ao sítio do costume, leia-se Supermercados Pingo-Doce, e levar de lá um coelho. Pois, atrás do coelho vêm os amigos polícias. Se tiver muito azar e levar uma coelha, terá dois polícias atrás de si. Por aqui se pode perceber que Hugh Hefner e a PSP têm um acordo verbal sobre o ataque a coelhos.

Custo: Cozinhar desta forma pode custar-lhe a vida.

Preparação:
1-Desenrasque-se. Como já se percebeu, comer só depende de si. Afinal, quem tem fome não somos nós, é você que está a ler esta receita. Arranje lá o coelho, apanhe-o.
2- Mate o coelho se quiser. Se não quiser, mande-o matar ou não o mate. Pode sempre escaldá-lo e esfolá-lo enquanto ainda está vivo. Assuma as consequências dos seus actos quando a Sociedade Protectora dos Animais lhe vier dizer que o seu acto é cruel. Se há gente a fazer gatos bonsai, você pode fazer arroz de coelho com o coelho vivo. Certifique-se que o coelho está morto. O bicho pode mordê-lo quando o estiver a engolir. Se for uma piton e gostar de dar à língua, não se preocupe e degluta o coelho.
3- Depois trate de cozer o arroz. Pode comê-lo com terra mas se não quiser, lave-o. Se o quiser descascar, espere quinze dias até secar para depois poder descascar. Para quem tem fome, o melhor é mesmo comer com casca. Quem nunca comeu bananas com casca? Ponha a água a ferver, coloque o arroz e espere um bocado. Prove ou dê a provar. Se a sua inimizade com o provador for grande, aprovei-te para lhe dar arroz cru e a ferver, para lhe queimar a língua. Este procedimento pode ser de particular utilidade para se livrar de uma eventual piton que o siga desde a coelheira e esteja com vontade de dar à língua.
4- Faça tudo isto de madrugada. A nossa tasca não está aberta a essas horas, e como sabemos que não vai conseguir absolutamente nada a cozinhar desta forma, sabemos que vai acabar por vir aqui tomar o pequeno-almoço. Regue tudo muito bem com vinho do Porto. Sirva em dois cálices porque a piton também tem direito.



sexta-feira, janeiro 21, 2005

A pedido de várias famílias

Dizem os leitores deste blogue que não estão satisfeitos.
Gostavam de ver outros assuntos tratados, estão fartos de política e futebol.
Pois bem, dedicaremos em breve um espaço à culinária, à retratística, à literatura, ao curling, à produção e desbaste de madeiras tropicais na África Equatorial, porque não? O leitor pede, nós respondemos.

Em seguida apresentamos a primeira quadra-manifesto deste blogue que nos foi enviada por José Marrachinha, distinto poeta residente em Alcoentre:

"Esperai senhores, esperai
que é longa a jornada e vã a virtude
Sem receios disseram-nos, olhai
no mundo inteiro, a larga negritude"

A fórmula

Seja convidado para jantar à pala, aceite o convite, bata palmas, diga "muito bem, muito bem" e grite com convicção "PX, PY, PZ". Poderá ganhar senhas para deduções fiscais ou convites de entrada para lugares de nomeação política de segunda.

Entrará na galeria dos escolhidos, será um daqueles camelos que conseguem passar pelo buraco da agulha, os únicos que conseguem ser camelos e passar pelo buraco de uma agulha. A capacidade humana não pára de surpreender... Depois de ir à Lua, ao pólos, subir ao Evereste, as capacidades especiais dos militantes dos partidos políticos permitem-lhes beijar mão, ciclicamente e ainda... serem camelos e passarem por buracos de agulha.

Ou então, negue-se a tudo isto, pense por si e continue a comer no sítio do costume.

terça-feira, janeiro 18, 2005

Amor à camisola

Temos uma camisola do Figo pendurada aqui na nossa tasca. Tencionamos oferecê-la ao Zezinho Mão-no-bolso.

Se um desgraçado de um miúdo atingido por um tsunami se safa durante três semanas à custa de uma camisola da selecção, o Zezinho também se safará.

Má sorte a do miúdo, foi logo vestir a camisola errada. Rooney, Henry, Ljungberg, tanto jogador de futebol importante por esse mundo fora... Se vier para Portugal ainda lhe chamam Cristianinho Ronaldo.

Na vida como no desporto, o Zezinho Mão-no-bolso vai passar a vestir a camisola certa.

Os fracassos do Bobi

Estamos revoltados. O FC Porto vai ter um Pitbull. Até hoje, só havia cães da rua a rodear o Estádio do Dragão. Para que é preciso um Pitbull (Terrier...)? Não come restos, só come Chapi, Pedigree Pal e ração seca. Venham queixar-se que não têm dinheiro para pagar à segurança social. Será para luta de cães? O Pitbull já disse que só fala quando o Baidéqui o deixar. Está mal, um cão não fala, ladra, é diferente. Um cão a negar a sua natureza. E se o Pitbull for um homem, gostará de ter nome de cão?

O Bobi fez alguma coisa. Deixa lá Bobi, deixa lá...

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Alteração das regras da sueca

Esta tasca manifesta-se claramente contra a alteração das regras da sueca, pretendida pelo Senhor Pedro depois de ter perdido com o Senhor Jorge. (verificar os primórdios deste blogue)

Jogadores de sueca de todo o Portugal, reservemos ao maior jogador de sueca a possibilidade de dar as cartas de novo sempre que quiser.

quinta-feira, janeiro 13, 2005

Conjugação reflexa do verbo demitir

Numa tasca de verdade, fazem-se coisas com utilidade. Atentemos:


Eu demito-me
Tu demites-te
Ele/Ela demite-se
Nós demitimo-nos
Vós demitis-vos
Eles demitem-se


segunda-feira, janeiro 10, 2005

Lista de motivos para se ser candidato por um círculo eleitoral qualquer do território português

Levantando uma mesa, encontrámos na toalha de papel um rascunho onde fizemos um furinho que usámos para pendurar na cordinha do melhor pata negra que por aqui temos. Dizia:


Lista para ser candidato por lá

1) Ser de lá
2) A mulher ser de lá
3) Trabalhar ou ter trabalhado lá
4) Ter filhos a estudar lá
5) Achar que há uma ligação entre lá e o sítio onde vive (pode ser uma linha de caminho-de-ferro, um senhor que vai buscar leite ao lado de lá, um Oceano, uma plantação de... tremoços!)
6) Ter "sérios motivos para achar que é melhor candidato por lá do que por outro lugar qualquer e que o candidato adversário tem menos moral para se candidatar por lá"
7) Ir lanchar frequentemente a lá
8) Gostar de um escritor de lá (José António Marrachinha, insigne poeta popular analfabeto serve)
9) Ter comido uma vez na vida atum de lá e não ter gostado e estar seriamente determinado em levar o mar de lá para outro lado onde a população saiba fazer melhores temperos
10) Achar piada à pronúncia de lá
11) Ter um amigo que lhe dá um lugar por lá melhor que outro de ali que lhe dá um lugar pior
12) Não ter mais nada que fazer e candidatar-se por lá para fazer alguma coisa na vida que não seja ser salta-pocinhas e situacionista e apanhar ondas (para isto é preciso saber surfar ondas políticas, seja um Kelly Slater, atreva-se)

Ai meu Deus, Josefa que és tão linda.

9346574839

963545463

Se me desses Josefa a oportunidade de ser feliz contigo

Nos zimbros estarei
Quando meu amor chegar
Serei para sempre o teu rei
Se ali mesmo puder aliviar


Nuno no Bombom

A notícia caiu como um BOMBOM, numa tasca onde se servem chouriços assados e sanduíches de couratos de porco.

Um ministro num sítio chamado Bombom. Tem bom gosto. Depois do Clube Mau-mau, um ministro vai para o Bombom.

Bombom, São Tomé e Princípe, Mergulho, Profundo, Profunda, África, Mãe África, Worten.