quarta-feira, setembro 28, 2005

Consequências de Abu-Ghraib

Lynndie England

Três anos bastam para redimir um crime que mostra que a guerra não tem ética, não tem códigos nem pudor. A guerra é vergonhosa, um nojo estampado na cara de uma soldado que não vê o seu patriotismo ofendido.

Nesta tasca, a pátria é a humanidade. Todos repudiamos este acto ascoroso, que não se esquece entre minis e tremoços, nem nos largos anos que nos distanciarão deste episódio.

Hi a vida

Hi1.
Hi2.
Hi3.
Hi4.
Hi5.
Hi o caraças.

Beba Frize, que assim faz mais sentido.

Domésticas badalhocas e desesperadas

São como têm que ser, mas podiam ser melhorzinhas. Mais progressistas, menos estereotipadas. Os diálogos e a trama, menos conspirativos e conspurcativos. Um tipo não tem que gostar daquilo que os "mericanos" gostam. Há lá umas jeitosas, um bocado mais adultas que a Ana Luísa e a Soraia. O Alves gosta bastante daquela com cara de "Conchita de la Cruz".

Dear housewives, I want to desperate with you.

quarta-feira, setembro 21, 2005

A nobre arte da política

"Ai não cumprimenta? Grande ordinário!"

Carmona Rodrigues, após constatar a recusa do seu cumprimento a Manuel Maria Carrilho, num debate autárquico de Lisboa

Declaração do povo de Felgueiras a Fátima Felgueiras no dia do regresso

Meus amigos, meus irmãos, e vós todos que guardais ainda meus últimos cantos
Dai morte cruel à mulher morena!

Vinicius de Moraes, A Volta da Mulher Morena

Felgueiras wanted her. She's back. Vítima, morenaça, triângulo marcado em volta dos mamilos, triângulo na pele por cima do sacro. Chegou, com seu penteado Jimi Hendrix, nem disse olá e prenderam-na. Bandidos. Ela que nem trazia um saco azul no bolso. Emigrante, qual Carmen Miranda, mas de Felgueiras, não do Marco, chegaria melhor com fruta na cabeça, do que com um mandado de captura em frente dos olhos. Soltarão o rifão de morte, quererão queimar seu fel e seu mel... Senhora, será nossa mãe, nossa guia, nossa advogada de horas difíceis. E seu terno abraço será o melhor, nos dias raros em que o mundo é corrompido pelos homens.

terça-feira, setembro 20, 2005

O poeta presidente

Se a poesia governasse o país,
Se os poetas subissem ao poder,
Andaria o povo mais feliz
Mesmo vendo Portugal morrer.

terça-feira, setembro 13, 2005

Epitáfio

Dencansem em paz os polícias de New Orleans que cometeram suicídio por se sentirem incapazes de cumprir o seu dever profissional.

sábado, setembro 10, 2005

Passos femininos

Conselhos para uma mulher que queira dar o primeiro passo

1) Pensar seriamente se o quer fazer de saltos altos

2) Verificar a dentição do macho-alvo

3) Vestir um fio dental que se veja suficientemente bem, porque ajuda.

4) Arranjar os pés

5) Pensar na possibilidade de haver algo que se atravesse no seu caminho na altura de concretizar a intenção

6) Ouvir quinze vezes " Amanha de manhã " , versão Amarguinhas, para não ficar maçada se tudo der para o torto

Último e mais importante de todos os conselhos: estar plenamente convencida que pelo facto de ser ela a tomar conta do negócio amoroso, é uma mulher dos dias de hoje. Mandonas, desinibidas, simpáticas e faladoras sempre existiram. Afinal é iniciativa; nós estávamos enganados por julgarmos que era feitio.

Podiam ser enjoos

Uma mulher grávida é um poço de surpresas, já sabemos. Uma mulher grávida com a mania que é especial, não é um poço de surpresas, é um poço de comédia assaz hilariante.

Ora, há dias vieram duas senhoras aqui à tasca. Uma delas, grávida de 6, 7, ou 8 meses, abarbatou por completo uma caixa de torrões de amendoim, vulgar "nougat" ou seu sucedâneo. Não importou o preço. Até aqui tudo normal.

Interessante foi perceber que a bebé tinha tendências karatecas. Cinturão pré-dodot. Não eram os vulgares pontapés na barriga que levam os pais a afirmar com toda a propriedade que "o meu pilas vai dar craque". Dantes é que era, ficava tudo em grande suspense até ao fim, fosse menino ou menina levava com a cor que calhasse no papel de parede do quarto novo. Pois, mas a nossa pré-dodot biqueirava valentemente o ventre materno. O insólito era que sempre que o pai chegava, tinha para com a mãe palavras de carinho, "festinhas e miminhos na barriga", que acalmavam a criança. Espectáculo. O pai podia ter perpetrado a maior traição matrimonial dos tempos recentes, mas aquele gesto, aquela voz que a menina reconhecia (compatibilidade com sistema bluetooth, ou placas de wireless) era a do pai, aquilo era esotérico.

É evidente. Um tipo habitua-se a uma situação. O homem chega, fala e a mãe sossega. Se eu fosse bebé e a minha mãe parasse o esfalfanço diário também sossegava, não sei é se isso tinha alguma coisa a ver com o meu pai nem com alguém que fala e faz festinhas. E se fosse o Piruças a ladrar? Um dia destes há-de reconhecer o cão, a avó, quem sabe, o pássaro do vizinho.

Se uma grávida fosse só enjoos, as coisas eram muito menos interessantes.

Ti Maria da Peida 2

Ela actuou, mas não fez grande furor. Pelo menos, ninguém falou disso no dia seguinte.