Estou comovido porque pensava que a única declaração de choque que Santana Lopes ia fazer neste serão era: "Boa noite". Desenganem-se aqueles que julgam que vão aqui ler análise política. Vão áqueles blogues de referência ler aquelas coisas sérias e chatas de aspirantes a comentadores do Expresso e do Sol e das revistas. Tenho uma dor de cotovelo desgraçada, sou um blogger invejoso. Melhor, sou menino e sou guerreiro.
Santana acha que o 5 de Outubro é a data de início da sua queda do Governo. Por mim podemos mudar a efeméride, a única República a ser implantada devia ter sido a dos bananas que Marcelo Rebelo de Sousa não se cansa de vender nos seus conselhos dominicais. Banana frita rima com Santana irrita o presidente que viu uma última gota de água na demissão de Henrique Chaves, numa água que o ex-PM diz nunca ter sabido existir. O problema do seu governo era possivelmente esse: falta de líquido lubrificante, Castrol GTX-3 e à falta, usou-se água de bateria. Bateria que foi apontada a Durão Barroso pela Europa quando saiu do Governo para ir para Bruxelas e Santana, o pobre, acha que seria crime lesa-pátria impedi-lo. Concordo, ele está muito melhor em Bruxelas, porque quanto mais não seja, ajuda ao crescimento do PIB porque ganha mais. Mais emprego para os portugueses, mais fica para nós.
Santana vive num mundo de altos assuntos de Estado (haverá baixos assuntos de Estado, por antinomia?), num mundo em que as intenções só se manifestam pela palavras QUERO, num mundo em que se afirma que "Portugal é o país mais livre" (a corrupção liberta?), num mundo em que todos vamos procurar chamar os melhores. Se queres dançar e não tens par, chama o António.
É toda uma outra realidade. Mas sentida, do fundo do coração. A convicção comove-me.
quinta-feira, novembro 16, 2006
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