quarta-feira, dezembro 15, 2004

Dos nomes e dos seus destinos

Há coisas do camandro. Havia dois apóstolos chamados Pedro e Paulo. Um negou Cristo três vezes. O outro foi morto pelos Romanos. Nós temos dois indivíduos orgulhosamente demissionários chamados Pedro e Paulo. O nosso Pedro foi negado três vezes pelo Presidente, que agora é o Cristo, coitado, e o Paulo um dia destes é morto por um veterano da guerra colonial cansado de coçar a micose. Podíamos ter o mundo se não tivéssemos estes dois.
Depois, temos um Zé, ou José, que segundo José (outro!) Saramago foi crucificado e sabemos todos que Deus não foi muito amigo dele porque fez um filho à mulher. Apesar de tudo ele sabia. É um bocado como este. Este também já sabe o que o espera.
Temos um Jerónimo, que foi mártir e tal, mas o nosso é operário, que é quase a mesma coisa.
O Chico, o Miguel e esses, ninguém sabe bem se morreram em situações difíceis, mas não consta que sejam piedosos, porque a organização deles tem um símbolo que é um pentagrama embonecado sobre fundo preto. Há coisas do camandro.

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