Ferreira Fernandes deve ter certamente comprado muitos caramelos El Caserio e achado que aquele é o o genuíno caramelo de Badajoz. Muitos foram também os espanhóis que me garantiram
ser em Valença do Minho que se compram as melhores e mais baratas toalhas de todo o Portugal. Falo de levantinos, não propriamente de galegos.
Ferreira Fernandes fala de linguística como poderia falar de geradores eólicos, de pastéis de carne com brick ou da última colectânea reinventada de Mozart no sopé do Kilimanjaro. Percebe pouco. Fazer uso de uma língua hipoteticamente nobre não invalida que o seu utilizador faça suposições desinformadas. Como afirmar a nobreza da sua língua em relação ás outras. Como dizer que o espanhol deixou de ser ensinado como devia no País Basco e na Catalunha. Como referir-se a Cabo Verde nos mesmos termos em relação ao Português. Como falar da I divisão mundial da línguas.
Amigo José, tu que por vezes me lês, fala-lhe da complexidade do mosaico regionalizado de Espanha, da importância do bilinguismo e explica-lhe porque ensinas português em Mérida.
Além do mais, qualquer hino é extremamente nacionalista. Senão, não era hino.
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